Segundo o Grupo Técnico de Saneantes Domissanitários (GT/SAN) do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (FioCruz), os Saneantes domissanitários são substâncias ou preparações destinadas à desinfecção, higienização ou desinfestação domiciliares, de ambiente coletivos e/ou públicos, de uso comum, e no tratamento de água. Compreendem os produtos para limpeza e afins (detergentes, alvejantes, limpadores, ceras, entre outros), aqueles com ação antimicrobiana (desodorizantes, desinfetantes, esterilizantes químicos), os produtos biológicos de uso domissanitário (para o tratamento de sistemas sépticos, tubulações sanitárias e para outros locais similares), e os desinfetantes (inseticidas, raticidas, repelentes, etc.).

Há vários métodos de eliminação (dedetização) de pragas domésticas exercidos por empresas especializadas em tratamento com desinfestantes. Tratando-se especialmente dos métodos onde se utilizam agentes químicos temos:

Para a dedetização (eliminação) de baratas, formigas e cupins as dedetizadoras utilizam-se principalmente produtos que contém piretróides e organofosforados em sua composição química. São substâncias neurotóxicas que interferem nas transmissões do sistema nervoso atuando respectivamente nos axônios (piretróides) ou nas sinapses nervosas (organofosforados).

Os piretróides são agentes químicos modernos sintetizados a partir dos conhecimentos antigos do poder inseticida do piretro, que é um inseticida natural, obtido da trituração de algumas plantas pertencentes á família Compositae, gênero Crysanthemum (Phyrethrum). O ácido crisantêmico foi o primeiro éster natural a ser sintetizado como inseticida e depois, dezenas de moléculas piretróides foram produzidas, avaliadas e várias foram colocadas no mercado.

Todas as substâncias desinfestantes são tóxicas e podem ter efeitos colaterais ao homem, dependendo sempre das doses e concentrações a que as pessoas são expostas, a forma (inalação, contato com a pele ou ingestão), e intensidade da exposição.

A inalação de inseticidas piretróides pode causar tosse, chiado, dores no peito ou dificuldade para respirar. O contato com a pele pode causar erupções cutâneas e coceira persistente. A ingestão de piretróides pode causar perturbações neurológicas como cefaléia, hiperexcitabilidade, tontura, hiperreflexia, fasciculações musculares, incoordenação motora, convulsões, paralisias e distúrbios do equilíbrio. Em caso de ingestão, faz-se necessário, dependendo da quantidade ingerida, tratamentos como lavagem gástrica (altas quantidades de piretróides ingeridas) e descontaminação local com água corrente (pequenas quantidades ingeridas).

Os organofosforados, termo genérico que se refere a diversos ésteres de ácido fosfórico, foram desenvolvidos a partir da segunda grande guerra mundial e são muito utilizados atualmente, principalmente porque vieram a substituir os organoclorados, que são mais daninhos aos ambientes e mais tóxicos ao homem. Podendo causar, além dos sintomas já apresentados para os piretróides, perda parcial da audição, mas somente se houver prolongada exposição ao produto.

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