dedetização
portal dedetização
cadastre sua dedetizadora
anuncie sua dedetizadora
fale com o portal dedetização
 

Campanhas contra a Dengue

Dengue
 

Em 1996, diante da grande população de vetores, a estratégia para extermínio do vetor, anteriormente centralizada na Funasa, passou a ser substituída pelo combate com inseticidas, com baixa participação da sociedade civil.

Neste ano, o Ministério da Saúde lançou às pressas o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa) descentralizando as ações de controle da doença. Esse plano não foi adiante, pois carecia muito de base técnica. Assim, o governo federal iniciou repasses diretamente aos estados e municípios para que estes fizessem suas próprias campanhas de controle.

Em 1999, houve um importante declínio no número de casos, possivelmente porque as pessoas que foram infectadas anteriormente apresentavam imunidade ao sorotipo circulante (DEN1 e DEN2), além do aumento das medidas de controle da doença adotadas pelo Ministério da Saúde.

Até o ano 2000, o Brasil havia reportado poucos casos de dengue hemorrágica considerando as centenas de casos de dengue clássica. O primeiro caso foi detectado no Rio de Janeiro.

Todavia, considerando-se a grande circulação dos sorotipos DEN1 e DEN2, ainda é necessária uma explicação para a divergência entre o grande número de casos de dengue clássica e o número limitado de casos confirmados de dengue hemorrágica.

Na verdade, a análise de casos reportados mostrava que milhões de indivíduos já haviam sido infectados pelos dois sorotipos circulantes até o momento, o que fazia com que o número esperado de casos de dengue hemorrágica fosse bem maior dos que foram reportados.

Algumas hipóteses poderiam ser consideradas para explicar esta situação: o sorotipo DEN2 circulante nas Américas poderia não ser tão virulento; havia dificuldades de fazer um diagnóstico correto pela falta de profissionais treinados e pela deficiência do sistema de saúde; havia grande rigorosidade nos critérios da Organização Mundial da Saúde adotados pelo Brasil para a confirmação de casos da forma grave.

Em Dezembro de 2001, o aparecimento do sorotipo três do vírus da dengue (DEN3) provocou a maior e mais grave epidemia da doença no Brasil em que foram notificados mais de 1,2 milhões de casos, além da contínua circulação dos sorotipos um e dois (DEN1 E DEN2) que possibilitam o aumento nos números de casos mais graves da dengue. Apenas no Rio do Janeiro foram notificados 1735,2 casos por 100.000 habitantes em 2001, constituindo a quarta maior epidemia, começando em Janeiro de 2001 e durando ainda mais dois anos.

Ao contrário dos outros sorotipos, a epidemia do sorotipo DEN3 expandiu mais rapidamente afetando muitas cidades pequenas e se espalhou para outras áreas do país, especialmente o Norte, local que mostrou maior incidência nos anos subseqüentes (408,1 por 1000 habitantes em 2001). Entretanto, como o Norte possuía áreas de baixa densidade populacional e pequenas cidades, em sua maioria, a expansão teve um declínio após o surto pela dificuldade de transmissão da doença.

Este terceiro surto brasileiro se diferenciou dos dois primeiros, pois a taxa de crescimento do número de casos de dengue continuava subindo contínua e progressivamente. Este processo durou cinco anos, com índices que sempre ultrapassavam os vistos anteriormente.

O fracasso em alcançar um diagnóstico precoce e de orientar um tratamento adequado para os doentes, ocasionou o aumento dos casos de dengue hemorrágica e mortes por dengue neste período. A porcentagem de óbito alcançou níveis maiores de 5,5%, sendo que, em países do Sudeste Asiático como a Tailândia, a porcentagem de óbitos não alcançava 1%.

No mês de agosto de 2001, o Ministério lançou um novo plano, o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD) que aumentou os repasses federais e incorporou campanhas para mobilização social e participação comunitária.

Nos últimos anos, o Ministério continuou aumentando os repasses de verbas para o combate à doença. De 1996 até 2001, os recursos federais destinados a estados e municípios totalizaram certa de 2,5 bilhões de reais. Os repasses foram calculados proporcionalmente ao número de habitantes e extensão territorial dos estados e municípios. Estes também receberiam equipamentos e suporte para capacitação de profissionais.

Em 2002, o estado do Rio de Janeiro sofria com grande quantidade de casos de dengue, o que fez com que a Funasa criasse uma força-tarefa composta por mil agentes sanitários de todo o país.

Esta força-tarefa participou do chamado Dia D, a maior mobilização para o combate à dengue do país. 745 mil pessoas foram envolvidas na eliminação dos focos de Aedes aegypti com a mobilização da sociedade civil e da força-tarefa. Esta campanha conseguiu reduzir o número de casos notificados de dengue no estado de 90.776 em março para 26.648 em abril e 5.722 em maio, uma redução de 93,6% entre março e maio.

Após o sucesso do dia D, a mesma campanha foi feita em outros estados como São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

Continuando a ampliação do combate à dengue, o Ministério da Saúde lançou, em 2002, o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) em conjunto com secretarias estaduais e municipais de saúde. O programa possuía recursos de mais de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 903 milhões eram do orçamento do Ministério da Saúde, e as contrapartidas estaduais e municipais totalizam R$ 131,1 milhões.

O programa nacional tinha como objetivos reduzir a incidência da dengue e a letalidade por febre hemorrágica e possuía como metas reduzir a menos de 1% a infestação predial (em imóveis residenciais, comerciais e públicos) pelo Aedes aegypti em todos os municípios, reduzir em 50% o número de casos de 2003 em relação a 2002 e, nos anos subseqüentes, 25% a cada ano, além de reduzir a letalidade por febre hemorrágica de dengue a menos de 1%.

Além disso, reconhecendo a necessidade da participação da sociedade no combate aos focos do vetor transmissor, este programa criou o primeiro Comitê Nacional de Mobilização Social Contra a Dengue composto pelas entidades: Fundação Nacional de Saúde (Funasa), secretarias do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Gabinete do Ministro da Saúde, Conselho Nacional de Saúde (CNS), Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conselho das Igrejas Cristãs do Brasil, Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira de Imprensa (Abi), Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Confederação Nacional do Comércio (CNC), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Força Sindical, Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert), Comitê Olímpico Brasileiro (Cob), Ministério da Defesa, Conselho do Programa Comunidade Solidária, Fundação Palmares, Confederação Nacional das Donas de Casa e Consumidores, Conselho Nacional dos Comandantes Gerais da Polícia Militar e Bombeiro Militar (CNCG).

O PNCD previa a veiculação permanente de campanhas informativas para a sociedade alertando os riscos da proliferação do Aedes aegypti e ensinando a eliminar e evitar focos nas residências. Além disso, o plano incluía ações de educação em saúde e mobilização social nas atividades de trabalho dos agentes comunitários de saúde e equipes do Programa Saúde da Família (PSF). Eles orientariam as famílias sobre as formas de prevenção da dengue, a eliminação dos criadouros e como proceder se surgirem sintomas da doença.

Infelizmente, a meta de reduzir anualmente, de forma progressiva, o número de casos em relação a 2002 não foi alcançada em quase metade dos municípios do país. A taxa de letalidade por febre hemorrágica da dengue manteve-se maior que 1%.

Como pudemos observar, o mosquito Aedes aegypti se dissemina rapidamente pelo território. O processo de urbanização desordenado que gera regiões de alta densidade populacional com graves problemas no abastecimento de água, saneamento básico, limpeza urbana e intenso tráfico de pessoas entre as áreas urbanas, combinada com a ineficiência do controle do vetor, faz com que essa disseminação ocorra progressivamente.

A urbanização da América Latina alcançou 41% da população em 1950, e é estimado que a quantidade de pessoas vivendo em área urbana aumente para 82 a 84% em 2030, fazendo com que a América Latina seja considerada a segunda maior região urbanizada do mundo.

» Voltar à página principal da dengue

 
 
Saiba mais sobre:
 
       
broca
Barbeiro
broca Traça
carrapato Carrapato
       
marimbondo
Marimbondo
percevejo
Percevejo
tatuzinho
Tatuzinho
tesourinha
Tesourinha
       
percevejo
Caruncho
marimbondo
Pulgões
tatuzinho
Lagarta
       
percevejo
Cochonilha
     
 


 
 
Dedetizadoras - saiba mais sobre a biologia das pragas:
Cupim | Rato | Barata | Formiga | Pombo | Pulga | Carrapato
Mosca | Escorpião | Aranha | Dengue | Broca | Ácaro | Barbeiro | Traça
midia social portal dedetização

Acesso a Área Restrita

© Copyright 2009 - Todos os textos constantes nesse site é de propriedade do Portal Dedetização, sua cópia parcial ou total acarretará em medidas judiciais cabivéis.

Twitter Portal DedetizaçãoFacebook Portal Dedetização