Em seguida, houve
a entrada do sorotipo DEN2 no estado do Rio de Janeiro produzindo
um grande surto de dengue no Brasil, cruzando
as fronteiras dos estados pela primeira vez. Este surto
atingiu principalmente Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro.
Antes deste surto,
o vetor Aedes aegypti foi detectado em apenas 638
municípios, o equivalente a 11,6% dos municípios
do país. No ano de 1998 com a pandemia de dengue,
o número de casos atingiu seu máximo durante
os anos 1990.
Este período
foi caracterizado pela expansão do território
de circulação viral, fato demonstrado pelo
número de municípios que reportaram casos
de dengue que aumentaram de 155 em 1994 para 638 municípios
em 1995 e 2.675 em 1998.
Neste grande surto
de dengue no Brasil em 1998, a maior taxa
de incidência e o maior número de casos reportados
(258.441 casos) foram observados na região Nordeste
do país.
Em Salvador caracterizou-se
uma epidemia silenciosa entre 1998 e 1999. Estima-se que
aproximadamente 560.000 indivíduos foram infectados
pela dengue no município, enquanto as notificações
oficiais registraram apenas 360 casos.
No final deste período,
que vai de 1994 a 1998, os sorotipos DEN1 e DEN2 circularam
em 49% dos 5.507 municípios do Brasil e o vetor foi
detectado em mais de 50%, o equivalente a 2.910 municípios,
consolidando o terceiro maior surto epidêmico de dengue.
(saiba mais em: as ações governamentais contra
a dengue)