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As
pragas urbanas podem ser prevenidas ou controladas por métodos
químicos ou métodos não químicos.
O controle através do método químico
requer muita atenção, pois envolve a manipulação
de princípios ativos e exige conhecimentos técnicos
e cuidados de segurança. Assim, aconselha-se que somente
pessoas treinadas e competentes através de uma Dedetizadora
realizem esse serviço.
Recomenda-se utilizar
o método químico (também chamado de controle
químico), apenas em casos que houver garantias de evitar
re-infestação e o mínimo de contaminação
e intoxicação, tanto humana quanto animal. Esse
método traz bons resultados à curto prazo, podendo
ser classificado em medida direta, pois age diretamente na
praga, ao contrário da medida indireta, que se controla
e monitora o local em que a praga vive com o intuito de criar
um ambiente desfavorável para ela.
O método químico,
no entanto, tem sua eficácia à longo prazo questionável.
Além de poder trazer possíveis prejuízos
à saúde, pode causar danos ao meio ambiente
e provocar um crescimento desordenado da população
de pragas (em casos de reinfestação), o que
gera um número maior de animais resistentes aos praguicidas
aplicados.
Quando esse controle
é utilizado, geralmente aumenta-se o número
de aplicações e dosagens dos praguicidas. Assim,
o combate efetivo às causas primárias, normalmente
é esquecido e toda a expectativa de sucesso do controle
fica baseada apenas no número e no tipo de aplicações,
o que gera um ciclo vicioso.
A composição
dos venenos para o combate das pragas é realizada a
partir de diversos produtos químicos e sua aquisição
deve ser sempre muito bem planejada, já que existe
uma grande variedade de produtos. A escolha do veneno adequado
depende das características do local em que será
aplicado e da praga que se deseja controlar.
Dentro do método
químico, existem outros métodos que diferem
quanto ao meio de aplicação do produto, que
também varia conforme a praga a ser combatida, além
das condições do ambiente infectado. Os métodos
comumente utilizados para pragas urbanas são: pulverização
de inseticidas e utilização de iscas venenosas.
Já como principais
grupos de inseticidas, podemos citar: organoclorados, organofosforados,
carbamatos, piretróides e inibidores do desenvolvimento
dos insetos. Os organoclorados, por exemplo, o DDT, que foi
um dos principais agentes empregados até o ano de 1973,
quando foi proibido pela Agência de Proteção
Ambiental (EPA) Norte-Americana, devido principalmente pelo
seu mecanismo de ação, ainda não totalmente
esclarecido. Esse mecanismo afeta o transporte iônico
nos axônios, impedindo a transmissão normal dos
impulsos nervosos, tanto em insetos como em mamíferos.
Ou seja, os impulsos elétricos, presentes em nosso
corpo e essenciais para nossa sobrevivência, são
bloqueados. Por causa da sua toxicidade, é exigido
o uso de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) e máscaras para gases durante a sua aplicação.
No entanto, é
preciso cuidado ao uso indiscriminado de praguicidas, o que
gera efeitos colaterais. Falhas nas técnicas de aplicação,
uso de equipamentos inadequados ou falta de seleção
criteriosa dos princípios ativos podem levar a reduções
aparentes de focos, que ressurgem após períodos
de descontinuidade dos cuidados iniciais.
Concentrações
dos produtos fora do recomendado pelos técnicos acarretam,
a longo prazo, a adaptação das pragas aos efeitos
tóxicos. Um rodízio tecnicamente programado
de princípios ativos também ajuda para que isso
não ocorra.
Os aplicadores dos produtos
(empresas de dedetização)
precisam de acompanhamento médico, treinamento regular
e específico, além de conscientização
sobre os riscos de contaminação de produtos
e ambientes, assim como os próprios riscos, em casos
de eventuais procedimentos incorretos.
Além disso, deve-se
prever: proteção com equipamentos, clima, tempo
de permanência do princípio ativo das áreas,
periodicidade mais adequada, uso de produtos legalmente indicados
e sua toxicidade, seleção correta de empresas
idôneas e tecnicamente aptas, descarte de embalagens,
etc.
O controle químico, juntamente com o método
indireto, tem papel complementar às orientações
de limpeza e higiene para o controle das pragas.
Como método alternativo
(não químico), pode-se citar o CIP, que consiste
é um sistema que reúne ações preventivas
e corretivas com o objetivo de impedir que vetores e pragas
ambientais se instalem em regiões urbanas gerando danos
significativos. Para isso, utiliza-se o mínimo possível
de praguicidas, diminuído os riscos de contaminação.
O CIP é, portanto,
uma seleção de métodos de controle e
desenvolvimento de critérios que proporcionam resultados
favoráveis sob o ponto de vista higiênico, ecológico
e econômico.
As ações
preventivas compreendem trabalhos educacionais e implementação
de Boas Práticas de Fabricação (conjunto
de normas importantíssimas na indústria de alimentos,
de fármacos, de cosméticos e etc).
Já as medidas
corretivas por sua vez, compreendem a instalação
de barreiras físicas que impedem o acesso das pragas
e o uso de armadilhas, para captura e identificação
das espécies infestantes.
Todos esses itens são
muito importantes, porém é o monitoramento ação
mais significativa dentro do CIP. Por meio dele, é
que se definem as melhores ações preventivas,
os detalhes das inspeções de controle e das
técnicas de tratamento, de equipamentos e de produtos
mais eficazes para o conjunto de ocorrências. Por intermédio
do monitoramento que se detectam as tendências de focos
e danos, calculam-se os custos e os não prejuízos,
enfim, é todo o planejamento para um controle de pragas
realmente eficaz.
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