Métodos
mais recentes de extermínio, como o congelamento controlado
e a retirada do oxigênio, aparecem como alternativas
promissoras para o tratamento das infestações
existentes, mas, como os praguicidas, eles não previnem
a infestação. Só se consegue a prevenção
por meio de limpeza e conservação rigorosas
e de procedimentos de monitoramento. Os profissionais da preservação
recomendam com insistência o denominado controle integrado
das pragas (CIP). Esta abordagem utiliza, primeiramente, meios
não químicos (como o controle do clima, das
fontes de alimentação e dos pontos de entrada
do prédio) para prevenir e controlar a infestação
dessas pragas. Só deverão ser utilizados tratamentos
químicos em situações críticas,
quando há ameaça de perdas iminentes ou em casos
de resistência aos métodos mais conservadores.
Para evitar estragos,
as janelas e portas devem ser calafetadas, ou seja, hermeticamente
vedadas, pois podem constituir os pontos de entrada para insetos.
As portas, sempre que possível, devem ser mantidas
fechadas. As aberturas ao redor dos canos deverão ser
vedadas, pois podem servir de pontos de entrada para pássaros,
roedores e insetos, da mesma forma que as rachaduras nas paredes
ou nas fundações. As aberturas de ventilação
deverão receber telas para impedir a entrada de pássaros
e roedores. Convém manter uma faixa de cerca de 30
cm ao redor do prédio livre de plantas, que devem ser
cuidadas de maneira adequada, evitando-se as com flores e
o excesso de rega, para desestimular a entrada dos insetos
que nestas encontram excelentes “hábitats”.
Para prevenir inundações do subsolo, a área
ao redor dos alicerces deve ser coberta de cascalho e apresentar
desnível em relação ao prédio.
O ambiente deverá
ser mantido climatizado, em condições frias
e secas, no grau exigido pelas necessidades específicas
dos diferentes materiais. Deve-se manter a temperatura em
torno de 20°C ou mais baixa e a umidade relativa abaixo
dos 50%. A manutenção das condições
climáticas recomendadas para a preservação
de livros e papel ajudará também a controlar
as populações de insetos.
As tubulações
nas áreas de armazenagem e outras fontes de água
como banheiros, cozinhas ou equipamentos de controle de clima
deverão ser inspecionados rotineiramente como precaução
contra vazamentos. Tanto os tetos quanto os subsolos deverão
ser verificados periodicamente quanto à existência
de água empoçada ou inundações.
Onde se sabe que os problemas são recorrentes, fazem-se
necessárias inspeções freqüentes
considerando a reposição de filtros de ar e
outros.
O consumo de alimentos
deve ser confinado à sala de estar dos funcionários,
que não deverão comer nunca em seus locais de
trabalho.
A prevenção
requer a eliminação mais extensa possível
dos “hábitats” potenciais de insetos e
de suas fontes de alimentação.
As áreas de armazenagem
do acervo (e outras áreas) devem ser limpas rotineiramente,
sofrendo, no mínimo a cada seis meses, uma faxina completa.
Todas as áreas deverão ser verificadas quanto
a sinais de praga no mínimo uma vez por mês.
As peças do acervo devem ser inspecionadas semanalmente
em busca de manchas e sinais de alimentação
de inseto.
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